Sobre nossa MEMÓRIA ESPIRITUAL
- casadocaminhoaruan
- 6 de mar. de 2024
- 1 min de leitura

“- Certas coisas não se diluem facilmente em nossa memória espiritual. Trabalhemos, meu amigo. Trabalhemos, na esperança de um dia nos libertarmos inclusive das lembranças difíceis que nos marcam o espírito.
Pela primeira vez, Jamar percebia que o benfeitor e amigo Joseph Gleber era tão humano quanto ele; notava quanto sentia, como qualquer ser comum na face da Terra. E, também, como sofria intimamente ao recordar o passado. Enquanto o agente e parceiro se preparava para recolher-se, os dois conversavam:
-Se desejar, posso ouvi-lo. Afinal, somos amigos, e amigos são para isso!
- Obrigado, Jamar, mas temos coisas muito mais importantes a fazer, e o tempo urge. Mas não rejeito a oferta. Também tenho cá as minhas dores e meus pesares. Muitos pensam que nós, que detemos maiores responsabilidades, não temos nossos problemas, ou que somos resolvidos emocional e espiritualmente. De minha parte, trago ainda desafios pessoais, que diluo em meio ao trabalho e às responsabilidades com a humanidade. Mas confesso que, pelo menos para os espíritos da minha dimensão, ainda existem problemas não solucionados.
Todos trazemos nossos desafios íntimo, nossa história de vida, pois, de fato, nosso passado não se apagou apenas porque estamos a serviço do Pai. Ao contrário. O trabalho apenas nos capacita a enfrentar os desafios pessoais com mais instrumentos. Por isso, trabalhar significa instrumentalizar-se. Ao menos para mim, meu amigo.”
Os Imortais, Ângelo Inácio | Robson Pinheiro, p. 107/108
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